O Tooni Te Conta!
de Hoje contará um pouco da Linda História de Alexander Solon Daveron
É impressionante como não há muito material
disponível na rede mundial de computadores,quando se fala em alguns dos que
contribuíram para escrever a história da nossa cidade. Nosso intuito é apenas
fazer um breve relato histórico do Daveron, fazendo uma breve reflexão do que
acontece com a política de promoção no turismo e apontando um dos caminhos que
podem ser percorridos.
A História
O norte-americano Alexander Solon
Daveron nasceu em Oakland, Califórnia no ano de 1899, formou-se em
Medicina pela Universidade da Califórnia em 1922 e se especializou em
Patologia.
Veio para o Brasil como médico da Mato Grosso Expedition em 1930. Por este fato muitos diziam que ele era um espião. Três meses depois, afastou-se da expedição e iniciou um estudo sobre morcegos no Pantanal; Daveron morreu em 1987.
Dividido entre Brasil e os EUA, ele se tornou professor da Universidade de Stanford. Dedicou-se ao estudo de plantas nativas, como a poaia (ou ipecacuanha), e doenças, como a tripanossomíase equina. Era um desbravador, um pesquisador, um aventureiro? Alguns dizem que era espião. O fato é que Daveron deixou um arquivo interessante (parte de posse da Sematur e parte do Nudheo da Unemat) e acabou se fixando numa chácara em Cáceres, onde vivia meio recluso, em companhia de poucos amigos.
Na época da seca, forma-se uma praia atrás da Sematur, conhecida como Praia do Daveron.
Como não tinha herdeiros diretos (não se
casou, nem teve filhos), sua propriedade, muito bem localizada, acabou sendo
vendida por um sobrinho à Prefeitura, que ali instalou a recém criada
Secretaria de Meio Ambiente e Turismo (Sematur).
A Reflexão
Após a leitura desse pequeno e sucinto relato da blogueira Martha,
fruto da extração de um folder disponibilizado na própria secretaria notei que
faz-se necessário que disponibilizem a história de outras personalidades
que ajudaram nossa Cáceres a crescer. O interessante seria também que
estivessem disponíveis na internet, aplicativos que ajudem a conhecer
nossos locais históricos, espaços sociais etc.
Uma Realidade
Um terço dos estrangeiros que visitam o Brasil organiza sua viagem pela
internet, e são as mídias sociais que são responsáveis por essa fatia do bolo.
Faz-se necessário mais do que nunca a partir de 2013, a nova
gestão visualizar esse quadro e começar a investir nesta modalidade de promoção.
Uma
Sugestão
No portal do Ministério do Turismo(http://www.turismo.gov.br/turismo/geral/redes_sociais/index.html ) há uma multiplicidade de redes
sociais que podem ser usadas por nós Cacerenses(os nascidos aqui e os que são
de coração) para divulgar nossa Princesinha do Pantanal.
A Embratur² é a autarquia³ especial do
Ministério do Turismo responsável pela execução da Política Nacional de Turismo
no que diz respeito a promoção, marketing e apoio à comercialização dos
destinos, serviços e produtos turísticos brasileiros no mercado internacional.
No seu portal www.embratur.com.br há um espaço que dá opções de escolha
de destino; tive a curiosidade de ir até o nosso Estado e percebi que falta
informações sobre a Cidade de Cáceres, citando apenas Chapada dos Guimarães e
Alta Floresta.
Atualmente desconheço as Politícas para o Turismo
voltado para nossa região, porém garantir um espaço nesse website supracitado
acima, seria uma oportunidade incomensurável para nossa cidade.
Por isso fundamento aqui minha ideia de se ter
uma Política de Promoção em Mídias Sociais para nossa cidade. Já está na hora
de mostrarmos para o Brasil e o Mundo que não somos apenas a Cidade das
Bicicletas, da onça pintada ou tuiuiú entre outros, mas também somos a cidade
dos netbooks, smartphones e tablets.
Por Tooni Pontes
¹ Dados do Censo IBGE/2010
² Instituto Brasileiro de Turismo³ Sinônimo: autonomia³ Sinônimo de Autonomia
Fontes:
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirCáceres é uma cidade linda com história mas sem memória. O povo tem uma feia mania de adorar tudo que vem de fora e não valorizar as coisas da terra. Daveron foi um homem excepcional e contribuiu com seu conhecimento, mas fico estarrecida em saber que a história daquele casarão foi esquecida. Antes de Daveron comprar a casa morou ali José Jorge da Cunha e Benedita Oliveira Jorge. O patriarca da família Jorge da Cunha, tradicional em Cáceres viveu ali por muitos anos, ele é pai de João Jorge, uma figura quase folclórica de Cáceres. Exímio caçador de onça (em uma época onde isto era culturalmente aceito e necessário), João Jorge, mandava para o Instituto Butantan (SP), várias espécies de cobras, com o intuito de ajudar nas pesquisas de soros. Apaixonado por música clássica e apreciador das ciências naturais, João Jorge, recebeu diversos pesquisadores estrangeiros em suas fazendas. Apesar de nunca ter ocupado cargo político, o fazendeiro mandava e recebia cartas do então presidente da república Getúlio Vargas, nas linhas escritas com caligrafia impecável, João, demonstrava senso crítico avançado para época. Por obra do destino que ele morreu após ser picado por uma cobra na fazenda São Joaquim. Até hoje existem peles de onças caçadas por João Jorge expostas em Lion, na França. Sem desmerecer o doutor Daveron, acredito que o grande problema desta cidade é o esquecimento e a falta de vontade de repassar a história real de pessoas que contribuíram muito para o desenvolvimento local.
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