quarta-feira, 17 de abril de 2013

Nove Dias depois...

 
 
Nove Dias depois do Cancelamento... Uma Crônica sobre o Festival Internacional de Pesca Esportiva!


Parafraseando Shakespeare, porque não dizer “FIPe SER ou NÂO SER, EIS a QUESTÃO...”, vamos colocar os pingos nos “is”, analisando com clareza infinita o “SER” do FIP, a sua existência, a sua representação de fato para o município de Cáceres, principalmente como “vitrine” do produto Turístico, ou seja, mostrar para os visitantes do mundo o que realmente Cáceres pode oferecer em termos de atrativos naturais, Turismo de Pesca , Ecoturismo, Cultura, Gastronomia, Artesanato, enfim, um roteiro apoteótico de magia e rara beleza, pontos fundamentais para o “SER e o TER” do FIPe, os dois vivem no mesmo espaço e tempo. 

           TER um produto turístico significa TER distribuição de renda, TER competitividade de mercado, TER qualidade profissional, TER respeito com o meio ambiente, com o social, com a saúde e fundamentalmente TER a qualidade de vida para com os cidadãos cacerenses, façamos aqui um momento de reflexão... Será que nos últimos anos o FIPe de fato agregou todos esses valores, gerou essa quantidade de emprego e renda trazendo divisas para o município ou gerando prejuízos para os cofres Públicos..? Ou SER apenas uma grande festa popular, uma diversão livre para a população regional, um grandioso “Showmício” objetivando apenas um palanque político!

            Um evento que se diz “Internacional”, em verdadeiro descompasso com as demandas do mundo turístico! Todos sabem que o turista de Pesca Esportiva de fato vem aqui pelo turismo de pesca, pela adrenalina da Competição de Pesca (tá no Guinnes, no Rank...) pela natureza, pelo Pantanal/Rio Paraguai, não pelos Shows Nacionais que tem todo dia pelo Brasil afora e ele pode ver quando quiser, participar do FIPe e somente uma vez por ano!   Ora... Aqui é que a encruzilhada se agiganta, as paixões se afloram, os egos são feridos, a verdade dói, mas a dor é passageira e tem remédio, pensando bem, em meus meandros mentais, acho que falta algo ainda. Há sim, a Patologia da Política do “SER e do TER” no FIPe. Eis a Questão...!

         A questão é: Por um lado a Política das “Organizações” foi um mecanismo importante para a realização do FIP, como um viabilizador de recursos  de proposituras para uma política pública de Turismo que contemple de fato os anseios, a responsabilidade do desenvolvimento do turismo sustentável, a qualidade de vida, a distribuição de renda de forma quantitativa atendendo as demandas, com um diagnóstico que retrate a realidade do setor de Pesca Esportiva, sinalizando coerentemente  o fortalecimento dos setores “Macros” do segmento com ética e profissionalismo que são: Gestão Empresarial, Gestão de Prestação de Serviços e Gestão Pública, com ações concretas que se integrem entre si (esta acontecendo isso...?), numa mesma linguagem sobre a importância do Turismo no município, e tendo o FIPe como instrumento propagador do destino turístico nacional  de Pesca Esportiva consolidado que é, temos aqui os melhores Barcos Hotéis e Pousadas ao longo do Rio Paraguai, e Cáceres com 58% do Pantanal e sua territorialidade, visando com isso o Turismo no  mercado Nacional e Internacional com seus programas e roteiros integrados, conforme os dados da OMT gera milhões de dólares  (será que temos isso!), conseguimos entender de fato a dinâmica do Turismo de Pesca Esportiva que acontece pelo mundo!

           A questão é; Por outro lado se refletirmos como cidadãos honestos e éticos, que essa mesma Política das “organizações” do “SER e do TER” instalaram no FIPe ao longo desses 10 anos, poderes paralelos de “políticas partidárias”, comprometidas com oligarquias de interesses pessoais, desfigurando o FIPe de forma desastrosa do seu foco principal, posso aqui afirmar veementemente em meus 25 anos de bastidores do FIPe, que ali estou no “tabuleiro” do xadrez..., Ouvindo, anotando, observando comportamentos, egos e vaidades a parte, do plebeu ao aristocrata, do vendedor ao político, do turista ao ambulante.

         Todos fazendo a sua retórica, ou seja, uma analise parcial sobre as patologias do FIPe, uns com mais propriedades de conhecimento sobre o que é o Turismo de Pesca Esportiva, suas alternativas de negócios rentáveis para o município etc..., outros simplesmente demonstraram uma verdadeira falta de conhecimento, maturidade profissional e alienação, e aqueles rompantes da dor de cotovelos contagiados pelo saudosismo masoquista, como sempre são s velhos conhecidos da Utopia, da Demagogia, não vale a pena dar ouvidos e nem credibilidade, afinal não plantaram uma arvore, não recolheram lixo em lugar algum e nem escreveram uma poesia, sequer estão nos “Efemérides Cacerenses de Natalino Ferreira Mendes (in memória)”, posso contar essa história ou sua estória em verso e prosa num futuro próximo.

            Mudar ou não mudar, eis a questão! Infelizmente, partindo do princípio da relatividade, que os fins justificam os meios e que as mudanças estáveis só acontecem no plano do confronto das ideias, do debate, “Hiroshima e Nagassaki” são um exemplo. Não podemos mais ser irresponsáveis em não enxergar o óbvio, das vaidades pessoais, das cumplicidades que vagaram pelas sombras, que passearam pelo FIPe nesses últimos anos provocando indignações, além dos gananciosos provocando todo tipo de conduta..! O pior de tudo foi ver os políticos pulando de um lado para outro, arrumando aquele velho “jeitinho brasileiro” de como tirar proveito das nuances, dos meandros que o FIPe poderia lhe oferecer de oportunidades para a sua campanha eleitoral...!      

             Façamos aqui uma reflexão, um “Feedback”  sobre  essas  IDEOLOGIAS sem compromisso sustentável que  deixaram um risco sério para organização do FIPe, do achismo, do amadorismo, da irresponsabilidade com a coisa publica, com o desperdício do dinheiro publico.  Situações que precisam ser exorcizadas, banidas do seu núcleo, do seu entorno, corrigir os erros as mentiras, fazer uma reforma são mais difíceis do que construir novos paradigmas. É vidente que toda mudança mexe com a vaidade de todos, a emoção se confronta com a razão, mas temos que chegar a um determinador  comum, a reformulação do FIPe  e eminente na sua estrutura administrativa, na sua promoção como o maior evento de pesca esportiva do mundo e na sua captação de recursos sustentáveis que criem geração de renda para o município, estratégias de mercado e produtos com demandas nacionais e internacionais que não podem ser conduzidos mais no  achismo e amadorismo, o momento e oportuno não podemos  esperar mais, ou o estrago do FIPe no futuro dessa história será irreparável.

           O que temos a fazer, sair do “muro” das lamentações, do paternalismo do qual vivemos dia após dia, feito marionetes de bares em bares, falando, manipulando, tecendo verdadeiras armadilhas em uma guerra de egos pessoais, paixões partidárias onde o direito democrático de fato deixa de existir...! Uma verdadeira “Pandemia” de organizações sem entender o que significa o evento FIPe para Cáceres  quanto cidade Turística...! Quanto destino de pesca esportiva, gerador de emprego e renda para a população cacerense.  Vamos considerar aqui as alternativas do Concurso: “se ficar o bicho pega se correr o bicho come”, e aí cidadãos cacerenses...! Vamos continuar na inércia, nas mesmices do passado, lembrando que o passado é um elo com o futuro, na realidade o que precisamos é ter a coragem de romper com as barreiras do retrógrado, da alienação social, entender de vez que empreender no turismo exige esforços, parcerias e acima de tudo uma verdadeira “Alquimia” de nós povo cacerense assumindo de fato o seu papel de atores principais, comprometidos com a responsabilidade cidadã dessa Cáceres, Princesinha do Paraguai de gente simples e hospitaleira..Turismo..!

           Afinal, TER ou não TER o FIPe, eis a questão...! Mas se for para o bem geral do FIPe, a sua independência e a propagação como “vitrine” do Patrimônio Turístico existente, um dos 65 municípios indutores de turismo nacional com vistas a Copa de 2014, não seria eu desconsiderar minimamente a concretização de uma realidade, mesmo que hipoteticamente utópica,  na minha visão como reles mortal não ter o FIPe este ano poderia ser uma grande estratégia de Marketing para 2014, afinal o Pantanal é aqui! Senão tudo isso que escrevi seria nada mais que um amontoado letras, de frases e parágrafos desconexos perdidos na imensidão dos corijos e vazantes do pantanal/rio Paraguai....  E a “Chalana vai seguindo o remanso do....”
 
 
 

 

  
Texto Enviado a nossa Redação por *Claudionor Duarte Corrêa – “ Um profissional que se preza, deve-se testar na maioria das vezes com situações nunca antes imaginadas...”

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